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Frid - A noite de Verão tem três sorrisos. Este é o primeiro, da meia-noite até à madrugada, quando os jovens amantes abrem os seus corações e o seu ventre. Olha ali, no horizonte, está um sorriso tão suave, tens de estar muito quieta e atenta para conseguires vê-lo.
Petra - Os jovens amantes... Frid - Isto emocionou-te, pequenina? Petra - Por que é que eu nunca fui uma jovem amante, podes dizer-me? Frid - Minha pequenina... consola-te. Há apenas alguns jovens amantes no mundo. Quase se podem contar. O amor aconteceu-lhes como uma dádiva e um castigo. Petra - E o resto de nós? Frid - O resto de nós!? Petra - O que nos acontece? Frid - Invocamos o amor, chamamo-lo, suplicamo-lo, gritamos por ele, tentamos imitá-lo, pensamos que o possuimos, mentimos acerca dele... Petra - Mas não o temos. Frid - Não, minha doçura. Negam-nos o amor de amar. Não temos essa dádiva. Petra - Nem o castigo. Frid - Nem o castigo. Sorrisos de uma noite de Verão (Sommarnattens leende, 1955) de Ingmar Bergman Mais no Sentimento do mundo. Lutz
18.5.06
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