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É verdade, as novas companhias neste lugar têm me levado a bandas de libertinagem onde até há pouco não me teria atrevido por o pé. Pelo menos não em público. Acredito que até o leitor mais distraído já reparou na atmosfera erotizada neste blogue, e acredito também que lhe possa parecer que a responsabilidade para isso cabe aos seus membros masculinos, ainda que a uns mais do que a outros. As palavras da Susana no post anterior parecem confirmá-lo. Razão tem ela ao dizer que não tem isso a ver com nenhuma linha editorial, que não existe. Mas ela que se desengane também: se o ar do nosso Lugar Comum está prenhe de sugestões impuras, isto é antes de tudo - iria mesmo longe de mais ao dizer unicamente? – atribuível à ela, a Senhora desta casa, cuja mera presênca mesmo neste momento, em que se encontra fisicamente afastada de nós por mais de três mil kilómetros num país sóbrio e frio, norteia, sim, alinha como se fosse magneticamente a nossa imaginação em direcção ao assunto que, se não fôr implacavelmente reprimido em tempo útil, se apodera por quase completo das nossas mentes, sem deixar espaço para assuntos mais dignos e sérios.
Reuni os restos da minha força de vontade e decidi: chegou a altura de redimir-me. Como não é boa solução retirar posts já publicados - fiquem estes então como testemunhos da fraqueza moral do sexo forte - resolvi fazê-lo escrevendo um novo. Um post em que muito deliberadamente não omitirei a sexualidade, mas desta vez tratá-la-ei com o necessário decoro e antes de mais no contexto mais legítimo de todos, o da procriação. Talvez seja exagero dizer que o post até poderá colher o imprimatur do Prof. João César das Neves, mas acredito honestamente que não andará muito longe disso. Será uma história edificante, um conto de fadas. Amanhã verão. Lutz
12.5.06
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